tag:blogger.com,1999:blog-8085110957187069292024-03-19T21:06:53.260+00:00A Horta e a CidadeUma city girl convicta e um wannabe rural boy decidem cultivar uma horta em Olival, às portas da cidade de Gaia, Portugal. Aqui fala-se de horticultura, de agricultura urbana e de agricultura biológica; e, sobretudo, muito se fala aqui da ignorância e do espanto que é cultivar a terra.Unknownnoreply@blogger.comBlogger177125tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-4333530774178780752015-03-02T16:22:00.004+00:002015-03-03T12:58:58.044+00:00E o Borda D'Água 2015?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
E o Borda D'Água 2015? Calma, podem parar de se acotovelarem. Ele aqui está. Lindo como sempre. Lindo como só ele. E com tudo em bom no que às couves diz respeito. E no que aos alhos e às cebolas e às alfaces e ao feijão e aos tomates e aos pepinos diz respeito. Livrinho lindo. É só carregar na imagem e ir dar lá ao sítio. E outra coisa, se faz favor: é comprar o Verdadeiro Almanaque quando derem de caras com ele, sim? Ou de ombro, não importa.<br />
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<a href="http://minhateca.com.br/Dom.Lucky/revistas/Borda.de.Agua-2015-LUSOSHARE,62785457.pdf" target="_blank"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6E5mrfVXMji-kCzxnipSNG4BY4HpcfoxvyR6pZ-yS0Tjdy_6lIQetxHgfVHG36rzgal7MbJj1u0K6IL6u6nOVA-WAMYjfBzcg-UW_J-EsvcpQOfe6uKJeW5PdaTXr1ggGiOHnSGqiAut7/s1600/Borda_dAgua_2015.jpg" height="640" width="456" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-48548393989507877032014-09-27T23:47:00.002+01:002014-09-27T23:48:43.069+01:00Nozes, nozes, outono, outono<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Uma nogueira. Junto ao muro. E nozes. Tão bom. Nota mental: mesmo que a nogueira não deixe cair as nozes, dar pontapé ou subtil abanão. E as nozes caem. E cuidado com a cabeça.</div>
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Não sei se é de mim, mas as nozes deste ano perdem em sabor para as do ano passado. Mas por muito. Se isto fosse um jogo de futebol, terminaria com um 10 a 0. A nogueira é a mesma. O terreno é o mesmo. A data da apanha é mais coisa menos coisa. O que mudou? Bem, tudo mudou. O mundo mudou. A nogueira, na verdade, mudou. O terreno, na verdade, mudou. As nozes mudaram. E nem vale a pena falar de Filosofia, desenterrar o Parménides e o Heraclito e gente dessa. Tudo mudou. Neste caso, as nozes não mudaram para melhor. Talvez secando um pouco mais. Talvez um pouco mais de sol. Talvez um pouco mais de tempo. Talvez um pouco mais de paciência. E talvez depois um pouco mais de sabor. E talvez um pouco mais de prazer. Nozes. Outono. E era tudo o que queria escrever: nozes e outono. Acabou o texto.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYSE-SFiFgryP2H5hhC77JCGKnmy3s76Ofy_xxWUiTM0TfJ-KBNO_6RFWivzGfzKB4dCLMbpw8HbH9d4x9_JCUWA6VhhDGjTJOtC8z614MVJE1UISJhGbwcKyXx4WHZ-39bGI4X_bVv2Tb/s1600/nozes_horta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYSE-SFiFgryP2H5hhC77JCGKnmy3s76Ofy_xxWUiTM0TfJ-KBNO_6RFWivzGfzKB4dCLMbpw8HbH9d4x9_JCUWA6VhhDGjTJOtC8z614MVJE1UISJhGbwcKyXx4WHZ-39bGI4X_bVv2Tb/s1600/nozes_horta.jpg" height="480" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-52887365442475331422014-09-26T12:09:00.002+01:002014-09-26T12:09:19.739+01:00Nabiças, nabiças, caracóis, caracóis<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Com este calor diferente de outono, chegam também os caracóis. E as nabiças. E as nabiças nos caracóis. E a raiva que é vê-los por ali. Neste momento, não tenho uma horta, tenho um caracolário, ou lá como se chama aos sítios onde os caracóis moram. Sim, eu sei, farto-me de queixar desta malta dos corninhos. E tenho boas razões para isso. Suspeito que os caracóis de Portugal, e talvez uma boa parte dos caracóis do mundo, nasçam por aquelas bandas. Famílias inteiras de caracóis. Colónias inteiras de caracóis. Raças inteiras de caracóis. Países inteiros de caracóis, falando línguas diferentes, vestindo roupas diferentes, gesticulando de formas diferentes, todos eles habitam a minha horta ou os arrabaldes da minha horta. Raiva. E por mais que os arranque à força, que os tente convencer doutros pastos mais verdes, daqueles mesmo verdinhos onde os miúdos podem brincar de sol a sol, rumorejado por tranquilos e cristalinos riachos de água pura, e onde as árvores, algumas seculares, sombreiam calidamente com sol amigo, nada os parece demover. Nada os afasta das minhas couves... e das minhas nabiças. Nabiças. Este post é sobre nabiças. Estas que mostro na imagem não foram semeadas de forma intencional. Cresceram conforme Deus quis, nascidas de sementes de nabiças do ano passado. Como passou por lá tractor, espalharam-se pelo terreno grande. Portanto, no meio de ervas menos amigas e comestíveis, é vê-las crescerem graúdas e contentes do sol de outono. Ainda só não aprenderam a afastar os caracóis, mas isso é aprendizagem para uns quantos anos, talvez uns milhões. Tenho a convicção que as formas mais evoluídas de nabiças, daquelas que aparecerão daqui a milhões de ano, saberão sacudi-os das suas folhas, ou mesmo assustá-los com gritos de nabiça. À frente, deixemo-nos de fantasias evolucionistas. As nabiças são uma das minhas coisas preferidas da terra. Exceptuando o caldo verde, poucas sopas há que ombreiem com um a sopa de nabiças. Poucas mesmo. E é tão simples. Eu digo como se faz. Eis a minha receita de sopa de nabiça. 2 batatas, 2 cenouras, uma cebola, 1 dente de alho. Coze-se tudo muito bem com águia abundante. Tritura-se tudo com varinha mágica. Juntam-se folhas de nabiças cortadas de forma tosca e deixa-se cozer. Serve-se. E é tudo. O sal, claro, é quanto baste. Pronto, é a minha contribuição culinária. E quem não fizer uma sopa de nabiças no outono é um canguru perneta. Daqueles bem pernetas. Australiano. E pulguento. Perneta e pulguento. Muito pulguento. E muito perneta. Muito mesmo.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiajyrXdv75gLtOUUzPeFgW7QkWhR7t3HodVQU2zKueP8TzIS6qDCwkumhG8XeKRQHWIgNb-wAfnjCtChyphenhyphenQfQWsPV9TFj1qix5JKIVJrujdfVUNUfJcyWtnwmDKOJC-q55tCXHyTKxuBJIU/s1600/Nabi%C3%A7as_horta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiajyrXdv75gLtOUUzPeFgW7QkWhR7t3HodVQU2zKueP8TzIS6qDCwkumhG8XeKRQHWIgNb-wAfnjCtChyphenhyphenQfQWsPV9TFj1qix5JKIVJrujdfVUNUfJcyWtnwmDKOJC-q55tCXHyTKxuBJIU/s1600/Nabi%C3%A7as_horta.jpg" height="480" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-42287579155856921822014-08-05T23:49:00.002+01:002014-08-05T23:49:20.969+01:00O que há nos muros<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI8p-z6QibLd2M3pnZLxtBoTnV-jSkzPyGJEv45o1qvwDAbKPb-pHt2D3qtwEdPn9FWMZsjVCO6BLlO375K0RuvtJnIOEKIIfK96OHf3AmSe5_LzXPatJH3s-5W69NDHSnqjUiywd-mhXl/s1600/2014805174810.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI8p-z6QibLd2M3pnZLxtBoTnV-jSkzPyGJEv45o1qvwDAbKPb-pHt2D3qtwEdPn9FWMZsjVCO6BLlO375K0RuvtJnIOEKIIfK96OHf3AmSe5_LzXPatJH3s-5W69NDHSnqjUiywd-mhXl/s1600/2014805174810.jpg" height="480" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-79165573373425451652014-07-30T21:42:00.000+01:002015-03-11T17:51:33.271+00:00Abertura de concurso para a contratação de 2 girinos <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Faço avisar que, por período determinado, uma semana ou assim, está aberto o concurso para a contratação de 2 girinos com experiência, ou não, na arte de girinar. Não se oferece qualquer tipo de regalia a não ser os exclusivos atinentes às funções em apreço, incluindo água fresquinha em doses moderadas provinda do poço, e toda a mais que nuvens queiram dispensar, vistas desafogadas de ruído civilizacional excessivo e, por companhia, pacatas plantas que outra coisa não fazem que dançar ao som do vento e conversar sobre pardais, verdilhões e escassas rolas ou pombas poisadas nos fios eléctricos. A abertura do presente, e já sabido, concurso está diretamente relacionada com a transformação de um outrora canto de aromáticas num sereno pedacinho lacustre, como pode ser verificado pela imagem que se anexa. Faz-se ainda saber que poderão ser considerados opositores ao concurso, ou lá como se diz, todos os que reúnam características morfológicas e atitudinais compatíveis com as de um girino, a comprovar na presença de biólogo ou um outro especialista em anfíbios, caso seja necessário. As candidaturas deverão ser efectuadas por correio electrónico, para o endereço ahortaeacidade@gmail.com, acompanhadas de fotografia de rosto e uma descrição da experiência prévia relevante, caso exista. Serão seleccionados os 2 candidatos que melhor souberem girinar perante um júri composto por este que vos escreve e por uma ou outra pessoa que perceba do assunto.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5KAS7qDeIp7jKGaqA-YiRJQ967YVXwGk_khaWZKI1XZ1Mq-5WogWLPTUmUhPKaKERngWaINffXDtk8LD9Z6IBf3_3zAnsE7aWguvGJ9zvojahgm8C52pFkaYytkVv1Ns56TZmfDgRy-pN/s1600/IMG_20140726_175316567.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5KAS7qDeIp7jKGaqA-YiRJQ967YVXwGk_khaWZKI1XZ1Mq-5WogWLPTUmUhPKaKERngWaINffXDtk8LD9Z6IBf3_3zAnsE7aWguvGJ9zvojahgm8C52pFkaYytkVv1Ns56TZmfDgRy-pN/s1600/IMG_20140726_175316567.jpg" height="480" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-74977486206210703452014-07-21T11:41:00.001+01:002014-07-21T11:41:41.418+01:00O raio dos pimentos estão tão feios como os feios<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Não sei a quem eles saem, se calhar os pais também não eram nada bonitos. E nem é que vá participar em concursos de beleza para pimentos. Mas caramba. A minha horta deste ano está carregadinha de frutos anormais. É tão inexplicável como o pântano político deste rectângulo, que tem tanto de ridículo como de abençoado. Estou a precisar de férias desta malta estranha. Ou então pastoreio um rebanho no meio da horta. Ainda se assustavam com as beringelas e perdiam o pêlo. É melhor estar quieto. </div>
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Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-56659948108591588852014-07-19T18:20:00.001+01:002014-07-19T18:20:03.824+01:00Socorro, os meus tomates estão pretos! E agora?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
[Imagem censurada]</div>
Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-61803822121540274702014-07-17T09:56:00.001+01:002014-07-17T10:15:13.830+01:002 curgetes, alguns tomates cereja (ou lá o que aquilo é) e um pepino<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
As curgetes entraram em velocidade de cruzeiro, ou lá como se diz, e não me refiro ao cruzeiro que afundou num destes anos no Mediterrâneo. A cada par de dias aparece uma, meio maluca das coisas da terra, e grita que está ali. Coisinha muito má que plantei foram os tomates cereja. Aquilo veio num vaso muito bonito e parecia mais destinado a marquises do que aos horrores da horta. Assim era. Contavam com o solzinho cândido da manhã, filtrado pelo vidro-fosco-parolo, e apanham com uma torreira de calor e baldadas de água no lugar de um fiozito de água vertido por um regadorzinho cor de rosa (isto leva hífenes?) comprado no Ikea. Conclusão: uma desgraça. O tristes nunca pariram tomate que se visse. Os que vieram foram os que ficaram. Amareleceram e depois avermelharam. Nada mais que isso. Novas folhas? Viste-le-zi-as! Nem uma para amostra. Deve ter sido da decepção. Eu também fiquei desiludido. No ano passado, plantei um pé de tomate cereja e aquilo deu que se fartou. Toneladas e toneladas de tomatinhos. Quilos, pronto. E este ano? Sai-me esta coisa. Não volto a cair na asneira. Não quero mais meninos de estufa na minha horta. A minha horta é só para plantas com barba rija. Também começaram a dar os pimentos padrão. Apanhei uns que aquilo, valha-me Deus, tem um tamanho que assusta. Eu estou habituadinho a pimentinhos, pimentos padrão assim é coisa que desconheço. Ou desconhecia. Quando olhei para eles pensei: alto lá que isto é coisa brava! Afinal não era coisa brava. Pouco picavam. Caramba. No que diz respeito a pimentos padrão eu gosto de desafios. Afinal era só tamanho. Por fim, resta-me falar do coitado do pepino. Pepino. Eu gosto da palavra pepino. Lembra-me o Senhor do Anéis, havia uma personagem com um nome semelhante. Voltando ao pepino. Maravilhoso. Sal e azeite fica-lhe tão bem. Tenho só um pé, uma planta, e tenho para mim que esta semana colho mais. Tem de ser.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMJvOSBgBRrm4TFSUxlEHwFnOtt4gY01k2G2YgVUK4cudtxiWA_NUHGsFtbxqpkWtOnycoWeBETdKiiIK0zta5DPC23u749LuqNp-tkwKF0P2aXy3HL3Ys3QxPDwUAkczMI7ESareuoLWI/s1600/IMG_20140712_164606237.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMJvOSBgBRrm4TFSUxlEHwFnOtt4gY01k2G2YgVUK4cudtxiWA_NUHGsFtbxqpkWtOnycoWeBETdKiiIK0zta5DPC23u749LuqNp-tkwKF0P2aXy3HL3Ys3QxPDwUAkczMI7ESareuoLWI/s1600/IMG_20140712_164606237.jpg" height="480" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-64234552005036023752014-07-06T19:41:00.001+01:002014-07-06T19:41:22.949+01:00Pausa para olhar as hortênsias<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Ou hidrângeas. Assim.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmnhfgAR46bQ-7pbK-7rCLVct9Sf05mF7aWMC6Y7VQuJvvnWC9doZk6u6Kyfzhx-vjcUZoE48-MTHVljMsWoWqYEzOilH5UT3xjf120O5vL1J-TgyghPhmAXdGh-WyVKscyJX57V_Oa6AE/s1600/2014705182034.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="hidrângeas" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmnhfgAR46bQ-7pbK-7rCLVct9Sf05mF7aWMC6Y7VQuJvvnWC9doZk6u6Kyfzhx-vjcUZoE48-MTHVljMsWoWqYEzOilH5UT3xjf120O5vL1J-TgyghPhmAXdGh-WyVKscyJX57V_Oa6AE/s1600/2014705182034.jpg" height="480" title="hortênsias" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-32417427900149172952014-07-06T19:36:00.000+01:002014-07-06T19:36:07.717+01:00Tomatina. Boa?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Na imagem, a fiada do tomate rama. Se chegar a amadurecer tudo, estou a pensar organizar a primeira <i>tomatina</i> portuguesa. Pelo menos a gente diverte-se e manda uns tomates à cara uns dos outros. E não é desprezo nenhum para o fruto mais nobre da horta. Nada. É até bastante digno. Aliás, caramba, por que razão não temos uma tomatina portuguesa? Onde estão os vossos tomates? É juntá-los todos e festejar!</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjObrnTQFjIE37TNEWol9i3_Ogdrtx6YDD_SbWkLQacqxOaGlEamcO7PbtLGZ9Ot1Z7-7qtvfgPiG7UUOHxEb0-CWhlsyzxiZg_796CtvZHMs6rYpm04JbkTrPOtiQ2Pw286kjOf_nKdrkS/s1600/2014705180440.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjObrnTQFjIE37TNEWol9i3_Ogdrtx6YDD_SbWkLQacqxOaGlEamcO7PbtLGZ9Ot1Z7-7qtvfgPiG7UUOHxEb0-CWhlsyzxiZg_796CtvZHMs6rYpm04JbkTrPOtiQ2Pw286kjOf_nKdrkS/s1600/2014705180440.jpg" height="640" title="tomate rama" width="480" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-38900650119772004762014-07-06T19:22:00.000+01:002014-07-06T19:22:01.222+01:00Socorro, os meus pimentos padrão são desfocados!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
E não sei o que lhes faça. A calda bordalesa de nada serve para males de desfocagem. Corri fóruns e blogues, consultei especialistas e curiosos, e ninguém parece ter uma resposta. Não sei se foi da terra, da rega, do tempo ou se nasceram assim. Pode mesmo ser um vírus ou um fungo, não sei. Pode ser que amadureçam um pouco mais e fiquem focados. Pode ser que, Agosto chegado, o sol os mude. Tudo é uma enorme incógnita. O que é certo é que os meus pimentos padrão são desfocados e não sei o que lhes faça. E até estou na dúvida se os colha ou não, caso continuem assim. E se é bicho mau? </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG4UErZqxsIjmzBdKbJXyi-ulBBsLj8rQHDZb6OyXlFyWsnCPQkFJvZdzWnMZEndBycos508Q8Bgue4Iv1GWWhmvbzJS8vLSWU-SVzkhJiRqMp3LlOJAuA6BmGcDTGwGEbDTwd3-vBJmCH/s1600/2014705180458.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG4UErZqxsIjmzBdKbJXyi-ulBBsLj8rQHDZb6OyXlFyWsnCPQkFJvZdzWnMZEndBycos508Q8Bgue4Iv1GWWhmvbzJS8vLSWU-SVzkhJiRqMp3LlOJAuA6BmGcDTGwGEbDTwd3-vBJmCH/s1600/2014705180458.jpg" height="640" width="480" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuShgcOu1YcikZduyHk-jEhsSJx7jneeee1cy_DQQC9AKnlG2FEYGKiak-inlx2b-sTDFc2KmSKKQP1HqOPn33x1ht2Mp5guIoGIhdoLokFb4v_c-R3NDE2AKes5K6dOotMIVrZfDQyRCX/s1600/2014705180427.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuShgcOu1YcikZduyHk-jEhsSJx7jneeee1cy_DQQC9AKnlG2FEYGKiak-inlx2b-sTDFc2KmSKKQP1HqOPn33x1ht2Mp5guIoGIhdoLokFb4v_c-R3NDE2AKes5K6dOotMIVrZfDQyRCX/s1600/2014705180427.jpg" height="640" width="480" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-51148108965638664522014-07-04T22:44:00.001+01:002017-01-08T01:22:54.414+00:00Viúvas ao sol<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Conheci uma mulher chamada Fernanda. Fernanda Triste. Vivia na soleira da sua porta, ou pelo menos nunca dela arredava pé. Tinha um cão velho chamado Ernesto. Ernesto ressonava quando dormia, e Fernanda com ele. Fernanda vestia preto. Ernesto era branco, embora sujo. Fernanda era viúva. Enviuvou aos 56 anos, morreu-lhe o homem de um ataque fulminante. Caiu para o lado e nunca mais teve levante de vontade própria. Do outro lado da rua, morava Catarina. Catarina Alegre. Pouco uso fazia do nome nas emoções. Mal saía de casa. No entanto, nas manhãs mais serenas de verão e quando o calor inchava o céu, espreitava a rua e suspirava por toda aquela luz e por todo aquele calor. Catarina vestia preto. Enviuvou aos 67 anos, morreu-lhe o homem numa mina de água por falta de ar ou por excesso de água. Tinha um gato chamado Marco. Marco era um gato mau, pouco dado aos afectos humanos. Surpreendentemente, e porque a natureza é pródiga em ironias, o gato Marco enlouquecia com um qualquer nada de açúcar. Lambia-o de olhos fechados e de seguida, tomado por coisas malucas, corria para o cimo da nespereira do quintal onde passava as horas seguintes. Fechava os olhos e sonhava com aquilo que os gatos sonham quando estão felizes. Mais abaixo, morava Amélia. Amélia Cardoso. Não era viúva. Nunca teve homem. Nunca teve namorado conhecido enquanto tal. Era meio tonta. Dizia que era viúva e não era. Não tinha animais de estimação, mas alimentava os gatos e os cães dos vizinhos. Sentava-se à soleira da porta e cantava canções de saudade. Cantava uma canção às 10:30, outra às 11.30 e outra às 14:30. Algumas vezes cantava também durante a madrugada, pelas 3:30, se José Castro ou Joaquim Martins a visitassem para agrados. Vestia preto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Lembro-me sempre destas personagens, que um dia conheci, quando olho para as minhas beringelas. Guardam dentro do corpo seco uma dor profunda que começou na morte de alguém a quem se ligaram para sempre, ou que começou num outro evento que não sei e lhes veio na nascença. Escondem as flores por entre a folhagem escura, embaraçadas com a sua alegria e com os seus frutos. Quando resolvem finalmente crescer, tornam-se tristes e roxos, como se preparados para serem levados num caixão. Mas não dispensam o sol, usam a sua luz para amplificar a dor e a solidão. </div>
<div style="text-align: justify;">
As minhas beringelas começaram agora o trabalho das flores. Não é fácil descobri-las, mas elas lá estão, bem escondidas, com vergonha das alegrias, como aqui nesta fotografia. Não sei o nome desta beringela. Na minha horta as plantas não têm nomes. Ou têm?<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho8DhJ41KTyyDAhc5KaBPTjRi30Wa0BziA6PSrELV-VohKebDqyvwcBezJT3UEmSpM8_b9r2NBxrbFdXgrp4XAbs3hmIwNdbxMhIvGXT8yX3AVxgpTWiLZQpZh6Wb4Y5Dj7ROWRpEse6Vc/s1600/IMG_20140628_145757600.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="beringela flor" border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho8DhJ41KTyyDAhc5KaBPTjRi30Wa0BziA6PSrELV-VohKebDqyvwcBezJT3UEmSpM8_b9r2NBxrbFdXgrp4XAbs3hmIwNdbxMhIvGXT8yX3AVxgpTWiLZQpZh6Wb4Y5Dj7ROWRpEse6Vc/s1600/IMG_20140628_145757600.jpg" title="flor de beringela" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-36220957161797923712014-06-30T12:34:00.003+01:002014-06-30T12:34:39.478+01:00Curgetes e uma fotografia mal tirada<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Tenho para mim que alguém me deixa curgetes na horta. Explico. De um dia para o outro, aparecem por lá estes mísseis, curgetes para lá do quilo, quando no dia anterior nada o faria suspeitar. Ou então saltam da terra como coelhos e agarram-se ao troço da planta. Não sei. Lá misterioso é. Este ano não fui em cantigas e plantei apenas duas curgetes, porque a minha experiência - curta mas boa - diz-me que não adianta plantar muito mais do que isto para alimentar o rancho de Enxofães e o Grupo Desportivo de Fiães. É vê-las. E quando vem chuva, se olharmos atentamente, vemos a coisa a inchar, inchar, inchar. E quando mais regarmos mais curgetes tempos. Dá vontade de as olhar bem nos olhos e dizer: "Raparigas, isto assim não pode ser, tenham lá calma, o meu frigorífico não é assim tão grande e a minha sogra ainda me bate se levo mais curgetes. Ouviram? Isto é muito sério escusam de rir como se fossem curgetes." Não o faço claro, ninguém no seu perfeito juízo fala com curgetes. E se elas tivessem juízo também não cresceriam assim. Doidas. Tomem lá uma fotografia mal tirada porque o meu talento não dá para mais. Como bónus, ainda levam uma flor perdida, nem sei o que faz ali. É um dente-de-leão, não é? Acho que não morde. Acho. Não se pode confiar em plantas. Muito menos em curgetes. Parem quieta, pá!</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6D3N4QXOhroLTLFdKV-6_l2PHk1yBMCXA6F4Q2SI8pjDOxnouNwSSQ1oMJW-Kkq1EPJZnInuMIsxXzdEB422DVmMsAZ_vtMhz2k0evP16_gMeNcAMi3EG5YnOsaxHLt3KSLtKDYE64gZ1/s1600/IMG_20140628_145743657.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6D3N4QXOhroLTLFdKV-6_l2PHk1yBMCXA6F4Q2SI8pjDOxnouNwSSQ1oMJW-Kkq1EPJZnInuMIsxXzdEB422DVmMsAZ_vtMhz2k0evP16_gMeNcAMi3EG5YnOsaxHLt3KSLtKDYE64gZ1/s1600/IMG_20140628_145743657.jpg" height="480" title="curgetes" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-76346445728480110682014-06-26T15:24:00.000+01:002014-06-26T15:25:22.401+01:00Pausa com paisagem<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Assim. Marmeleira, Coimbra.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpdTWPiBctlmum4TcmvydcXb_TLBSiHFyAo6_HS76Q54SSsyv2MHeKZjYef_e2DUA6Y9kTYPi8hGZVfMfuRs8NuyzRU868IQItOO1aVn5S_lRyU1Iuz6_-shhwko9DXiRQ-zL5eZCP9Z0T/s1600/marmeleira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpdTWPiBctlmum4TcmvydcXb_TLBSiHFyAo6_HS76Q54SSsyv2MHeKZjYef_e2DUA6Y9kTYPi8hGZVfMfuRs8NuyzRU868IQItOO1aVn5S_lRyU1Iuz6_-shhwko9DXiRQ-zL5eZCP9Z0T/s1600/marmeleira.jpg" height="480" title="Marmeleira" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-72148628800593892802014-06-26T11:55:00.000+01:002014-06-26T11:55:22.506+01:00Meloas à chuva<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
No ano passado tentei plantar meloas. Os caracóis ficaram tão entusiasmados com a ideia que as comeram todas. Ficou o lugar delas. Portanto, o resultado do meu árduo esforço foi um zero absoluto. Como sou rapaz persistente e que não desiste à primeira caracolada, plantei-as de novo este ano. Comeram uma delas. Menos mau. Plantei outra de seguida e ameacei-os fortemente. Coitada, lá cresceu e vai florindo aqui e acolá. Não sei como é o comportamento destas meninas, não o consigo comparar com nada. Mas é com algum espanto que olho para elas e digo: "Caramba, só isto?!" Quero eu dizer, esperava que as meloas fossem tontas no crescimento como são as abóboras, que começam a lavrar terra e só acabam em cima do telhado do vizinho. Nada disso. O crescimento das meloas é coisa tímida. Parece nada passar-se. Eu até lhes deixei espaço e tudo para crescerem à vontadinha. No que diz respeito a meloas, eu pecador me confesso, tinha as expectativas demasiado elevadas. Vai-se a ver e é mesmo assim. Nas primeiras semanas de terra, cheguei a ter pena delas. Pensava comigo: "Deu-lhes o abafo ou é mal de terra." Enfim, esperando e andando. Às tantas, num destes dias dá-lhes a fúria de crescer e galgam a horta toda, trepam tomateiros e só acabam no céu. Vão ver. Esta fotografia que aqui está foi tirada no passado sábado. Choveu como se o céu acabasse e caísse na terra. A meloa olhava-me muito friorenta, coitada, ela que é franzina, e chorava com o frio. Tentei acalmá-la, explicando que sabia mal mas fazia bem, que era assim uma espécie de xarope para crianças doentes. Não creio que ela tivesse compreendido a comparação - bem fraquinha, por sinal. Como veio o sol logo depois, estendeu as folhas e respirou de alívio. Pergunto: serão todas as meloas assim ou apenas as minhas?</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBCA5XIUHPYs9nrv8rxSLJSUv8K5SC62Yfu86NzEK2Qbn7bhyiRxZi8NrmYeSxLD7DakYWEbxE3HK4GdYx4L8fLVoSuejWS_NL3doJwR6hDAnTeBomQFZTQqGwZKBa9hXmRYE0JR0WMLE4/s1600/meloas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="meloa" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBCA5XIUHPYs9nrv8rxSLJSUv8K5SC62Yfu86NzEK2Qbn7bhyiRxZi8NrmYeSxLD7DakYWEbxE3HK4GdYx4L8fLVoSuejWS_NL3doJwR6hDAnTeBomQFZTQqGwZKBa9hXmRYE0JR0WMLE4/s1600/meloas.jpg" height="640" title="flor de meloa" width="480" /></a></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-82682160744398861132014-06-25T10:02:00.002+01:002014-06-25T10:02:37.472+01:00Arte na horta<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4UA_uTaGtTLjoYnRgSVwqUuFNdnxBr_vv9IUkw6bbl-36aLRwcrIWaUTYf1bNmEuFBsjssHlz4x_3DUqdi8JLlManvhaeT5AhOxFZAjd8g9iSyf4LNHGnrebQJ1IP53LUsFQ11EYC-Uba/s1600/cartaz-AF-1.5-Web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4UA_uTaGtTLjoYnRgSVwqUuFNdnxBr_vv9IUkw6bbl-36aLRwcrIWaUTYf1bNmEuFBsjssHlz4x_3DUqdi8JLlManvhaeT5AhOxFZAjd8g9iSyf4LNHGnrebQJ1IP53LUsFQ11EYC-Uba/s1600/cartaz-AF-1.5-Web.jpg" height="640" width="452" /></a></div>
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Também se fazem projectos artísticos com hortas. Pausa para espanto. Deixemos cair o queixo e olhemos para o infinito como se estivéssemos tontos. Dois minutos passam. Icemos o queixo como o barco iça a âncora. Devolvamos o olhar à natural passagem do tempo. Sim, arte com hortas. Projectos artísticos com hortas. Chama-se "Uma horta em cada esquina", os artistas são a Vera Mantero, o Rui Santos e a Elisabete Francisca. O projecto iniciou a 23 de Dezembro de 2013 e promove uma agricultura sustentável e em harmonia com o ritmo urbano. Sim, é claramente um espaço de confluência entre a horta e a cidade. Caramba. Soubera eu que a arte poderia servir de espaço de encontro entre horta e cidade e já há muito me teria dedicado à pintura de couves ou ao bordado de rama de meloa. Segundo diz a notícia do <a href="http://www.publico.pt/local/noticia/quem-quer-fazer-uma-horta-na-cidade-1660308" target="_blank">Público</a>, o projecto envolveu a criação de quatro hortas. Quatro hortas e meia, vá. Quatro terrenos foram trabalhados ou sofreram algum tipo de intervenção (na arte, e na arquitectura, diz-se assim, que é muito chique: "sofrer intervenção"; parece coisa típica de câmara de tortura ou assim); o outro terreno será um espaço de intervenção artística efémera. Pausa para respirar. (Intervenção artística hortícola? Valha-me santa couve galega!) Esta "horta súbita" será ocupada durante duas horas por plantas. Pausa para olhar o infinito. A iniciativa prevê a realização de workshops para crianças, visitas guiadas aos espaços hortícolas, concerto, uma marcha do orgulho hortícola (!?), oficinas de desenho e instalações de cinema. Tudo isto se passa em Lisboa. Ufa. Está longe. O objectivo último é levar as pessoas a cultivar o seu próprio espacinho. E isto não pode ser coisa má, pois não? Está tudo <a href="https://sites.google.com/site/umahortaemcadaesquina/" target="_blank">aqui</a>. Passem por lá.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-33645084912202842922014-06-20T11:32:00.000+01:002014-06-20T11:32:08.923+01:00Flores de amora-silvestre<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
São minhas vizinhas. Quando chegarmos ao pino do calor a gente canta-lhes o fado. Amoras. Quem não gosta delas?<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLpBLql2Befhxl98lBdTiyQekhu_vaddxOvvyimBPGw9hwWLASeJHKJiSw4gehp9VO0cwGmNf6L78NPvdEx2dVf1T41BJXXVOzwd3oTqG33j_zMYU-haKs_6nw5Rhzu-zdA_wH8H7C7Rr_/s1600/flores+de+amora.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLpBLql2Befhxl98lBdTiyQekhu_vaddxOvvyimBPGw9hwWLASeJHKJiSw4gehp9VO0cwGmNf6L78NPvdEx2dVf1T41BJXXVOzwd3oTqG33j_zMYU-haKs_6nw5Rhzu-zdA_wH8H7C7Rr_/s1600/flores+de+amora.jpg" height="640" title="flor de amora-silvestre" width="480" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-68581854927465629722014-06-18T15:07:00.004+01:002014-06-18T19:34:54.179+01:00Para acabar de vez com os mitos; ou: quando Roland Barthes visitou a minha horta<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Matemos o primeiro mito. Que eu saiba, Roland Barthes não visitou a minha horta ou sequer saberá que existe. Ademais, Roland Barthes faleceu em 1980 e nesse ano ainda não existia horta e tão pouco fora planeada - logo, mesmo que Roland Barthes tivesse o dom inesperado de visitar espaços planeados e não concretizados nunca a teria visitado. E pergunto: o que traria Roland Barthes à minha horta? Talvez apreciasse uns pimentinhos ou uma saladinha de tomate enquanto escrevia ou pensava sobre o que aproxima e o que afasta o significado e o significante; talvez suspirasse por ares campesinos e encontrasse prazer olhando o crescimento da curgetes num dos intervalos arrufados com o complicado Ferdinand de Saussure - outro que não visitou nem visitará a minha horta. Mesmo não acreditando que Roland Barthes afatasse o olhar da vendedora da loja de roupa, Françoise, Fefe para os amigos, Fe para o amante argelino, enquanto beberica um café numa esplanada da Rue de l'Ancien Quai, Cherbourg, França, para ouvir falar na poda dos tomates, ou nas estacas dos pepineiros, ou nas malditas pragas da horta, podemos ficcionar a chegada de Barthes à horta. Chega num imenso carro preto conduzido por um albino de nome Cortez, um espanhol fugido ao franquismo, vestindo preto como um morcego mal acordado. Abre a porta do carro, inclina a cabeça para fora, de seguida o tronco, assenta um pé gordo no chão e depois o outro. Olha para o céu gigante de Gaia e sussurra como falando para dentro: "Vamos a isto!" Abro-lhe o portão de ferro, convido-o a entrar e abro caminho. Peço imensa desculpa pelos fios do estendal da roupa, explico que não tive tempo de os retirar e que fiquei muito surpreendido com a chegada do grande mitologista à pobre e magrinha horta. Cortez segue Barthes com o olhar e com os gestos. Junto do enorme bidão azul da água anuncio: "Esta é a minha horta." "Cortez, passa-me o caderno e o lápis, e arranja-me uma cadeirinha de madeira, esta gota mata-me." Cortez afasta-se, ouço-o abrir a bagageira do carro. Volta. Traz uma cadeira dobrada. Monta-a e ajuda Roland Barthes a sentar-se. Barthes limita-se a olhar profundamente cada planta, cada grão de terra, cada decline, cada daninha; não diz palavra audível. Atrevo-me a oferecer um copinho de água, Barthes ignora-me e começa a escrever. E escreve imenso. Escreve com velocidade. De vez em quando olha para a horta, afina o olhar e rabisca pequenos desenhos; no meio do texto, nos cantos das folhas. Num desses desenhos reconheço uma curgete. Mais nada. Cortez afasta-se e urina a um canto. E Barthes escreve. Pergunto se está tudo bem, se precisa de alguma coisa, mas Barthes limita-se a escrever e a rabiscar. O sol vai alto, mas uma neblina fina e fria entra pelos pulmões dentro e arrefece o corpo. 20 minutos depois, Barthes fecha o livro, olha pela última vez a terra mansa e levanta-se. Cortez aproxima-se e dobra a cadeira, enfiando-a debaixo do braço esquerdo. Barthes inclina o corpo para trás como que recuperando o movimentos dos rins e vira costas à horta. Baixa-se para passar debaixo dos fios do estendal da roupa. Atravessa o portão de ferro. Cortez abre-lhe a porta do carro. Debruça-se para entrar. Acompanho-o, espero uma decisão, uma análise, uma palavra, um resultado do estudo. Barthes fecha a porta do carro sem nada dizer. Cortez encaminha-se para o lugar do condutor, acena com a cabeça, uma cicatriz escura ilumina-se com o sol. Baixa-se e desaparece nas entranhas do carro. Liga o motor. Inesperadamente, Barthes baixa o seu vidro. Olha-me duramente nos olhos, parece olhar-me para a alma, bem lá para o fundo onde guardamos os nossos segredos mais íntimos e os medos inconfessados, e declara: "A sua horta não é um mito, a sua horta é o que é". Fecha o vidro, o carro arranca, movimenta-se vagaroso como uma baleia no oceano e desaparece no final da rua.<br />
Roland Barthes, mesmo ficcionado, tem razão: a minha horta é um desimportância, não é um mito nem deixa de o ser, é o que é. E sendo o que é não merece discussão. Ao longo das descrições que por aqui faço poderá parecer projecto imenso, poderá parecer coisa alguma. Não sei o que vai na cabeça do leitor desta horta (ou nos 2 ou 3 leitores). Resta-me, portanto, ser o mais claro que a lucidez me permite. A minha horta é um rectângulo, um tonto rectângulo, plantado por 4 tomateiros coração de boi, 2 curgetes, 2 meloas, um pepineiro, 4 tomateiros chucha, 4 pés de pimento padrão, 4 tomateiros de rama, 4 pés de pimento verde. E é tudo. A mitologia não tem nada a ver com isto. Não há deuses na minha horta. Ou há?<br />
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Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-26448575707344140042014-06-15T11:42:00.000+01:002014-06-15T11:43:55.485+01:003 curgetes e 1 enxada<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Se isto for como no ano passado é melhor começar a pensar em vender curgetes. Na imagem, as 3 primeiras deste ano. A enxada, essa, é a de sempre. Não está à venda. E nem vale assim tanto. Alguém interessado? Nas curgetes, não é na enxada; essa não vale nada.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Ta5rEtjfP-uZt98ejx6_MLpVi4-7koDKNzoLOs6u6ircgHc6F1xZJmpenMX_4LFWOZ7-U_wqJDz7BDUZDGuk0wlBca7ZIFoYkWyuBDictCNT13WPRe7W1kG42UEizUal_Z3B6VhS8Ikh/s1600/curgetes_enxada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Ta5rEtjfP-uZt98ejx6_MLpVi4-7koDKNzoLOs6u6ircgHc6F1xZJmpenMX_4LFWOZ7-U_wqJDz7BDUZDGuk0wlBca7ZIFoYkWyuBDictCNT13WPRe7W1kG42UEizUal_Z3B6VhS8Ikh/s1600/curgetes_enxada.jpg" height="532" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-23112287208797814652014-06-10T23:43:00.001+01:002014-06-11T09:28:02.495+01:00Descrição sucinta, ou coisa assim, da colheita dos alhos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Fui-me aos alhos e disse-lhes meus meninos isto agora é para levantar da terra de modos que se bem o disse melhor o fiz puxei-os pelos cabelos e levantei-os do chão alguns reclamaram que os deixasse ficar que o sol de verão aquecia que queriam passear à praia e os mais malandros confessaram terem visto umas cabeças de cebola muito interessantes não cedi não se deve ceder a alhos assim à embocadura de serem colhidos feitos teimosos agarrei-os soltei-os da terra alguns contorceram-se e queriam meter-se para dentro há sempre uns mais afoitos e rápidos a fugir às obrigações e fui obrigado a zangar-me eu que sou pessoa pacífica mesmo com alhos e nem consegui conter-me enervei-me a sério os filhos da mãe dos alhos então uma pessoa tenta ser gentil talvez a palavra certa nem seja gentil cortês talvez simpático talvez uma destas palavras e aqueles malucos querem ali ficar de papo para o ar não não meninos choveu ontem e choveu no dia antes de ontem e choveu no dia antes de antes de ontem e choveu muito tanto que a terra parece lama e eu não perderei o meu trabalho por meia dúzia de gotas de chuva mal calculadas no mês ou na estação vamos lá levantar que é hora depois de muita luta consegui foi alívio alhos assim complicam muito a colheita agora secam à janela ai queriam praia tomem lá sol do bom mesmo sujos sorriem nunca viram janela tão bonita comentam entre eles e eu finjo que não ouço não se pode dar ouvidos a alhos não é gente de confiança são malucos na horta há gente assim as alfaces são outras tontas por exemplo mas isto hoje é sobre alhos colhi 27 alhos correu bem tinha plantado 30 só se perderam 3 gostava de saber como mas é melhor preocupar-me com outras coisas e foi isto que se passou pronto fica também a foto que é para não dizerem que invento coisas para tontices bastam os alhos daqui a uns dias e quando secarem muito bem o que demorará uns 10 dias de sol limpo-os bem limpinhos e monto um lindo ramalhete e era o que queria escrever sobre a colheita de alhos talvez só mais uma coisa a minha mãe diz que deverão ser colhidos pelo São João resolvi colher antes porque me pareceu muito ajuizado antes que se estragassem a terra estava muito molhada pronto era isto.</div>
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Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-59168653514145340402014-06-04T12:18:00.001+01:002014-06-05T00:08:33.992+01:00O mirtilo solitário<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Mal cresce. Calculo que tenha pouca exposição de sol. Pode ser mal de vergonha, não sei como são os mirtilos nas emoções. Todavia, nem por isso deixa de nos mostrar bagas. São mais as bagas do que o resto do mirtilo todo. Tímido mas trabalhador. Está encostado a uma estaca velha que lhe ofereci. Noutro dia, ainda vi um gato afiar lá as unhas. O mirtilo nem se mexeu, apavorado. É um mirtilo sozinho. Se soubesse, tinha-lhe dado companhia da espécie. Custa-me ver plantas assim, a entristecer como animais à beira da extinção. Ou então levo-o a Sever do Vouga, diz que é lá a terra dos mirtilos. Preparo um farnel - rissóis, pastéis de bacalhau e um arrozinho malandro, e uma garrafinha de água, talvez mesmo uma coca-cola ou um sumol - e vamos contentes pela Nacional 1. É um tirinho. Muito rápido chegamos a Sever do Vouga. Há de ter parque de merendas algures. Estendo a toalha, fazemos o piquenique, vemos as vistas e visitamos a família do infeliz, nos campos ou nas estufas, não sei bem. Ao entardecer, e depois de o mirtilo meter conversa e alegrar-se, vimos embora e deixo-o na horta, encostado à estaca. Ele há gostar. Pode ser que assim sorria, sei lá.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD_x-8gnKw1U3815hMPLeZeqezD2BCgVkwT6EUZ3nRfzmVubIORyUds2tasLoEUvJnS5C2Wh0Ax5cXD51GLJ66CWMY1VO6kpTBH3yKG_SI_my4vpiARxlymx1P1rnwKB4MMgwv2u9F2dMb/s1600/mirtilo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD_x-8gnKw1U3815hMPLeZeqezD2BCgVkwT6EUZ3nRfzmVubIORyUds2tasLoEUvJnS5C2Wh0Ax5cXD51GLJ66CWMY1VO6kpTBH3yKG_SI_my4vpiARxlymx1P1rnwKB4MMgwv2u9F2dMb/s1600/mirtilo.jpg" height="480" title="mirtilo" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-9217721909314363132014-06-03T12:54:00.000+01:002017-01-09T12:48:43.375+00:00A vida frágil de um piripireiro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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No início eram dois. Dois piripireiros. Um deles morreu do frio, o outro sobreviveu a custo e parece ligado às máquinas dos cuidados intensivos do piripireiros. Encontrei-o alagado de daninhas que lhe comiam os pés. Desafoguei-o e fiz por lhe dar esperança. Podei o rapaz, lavei-lhe a cara. Devolvi-lhe alguma dignidade. Não creio que venha a dar flores ou frutos nos próximos tempos, parece muito doente. Se o clima for de amizades com ele, voltará ao espanto que foi o ano passado. Deu tanto piripiri, mas tanto, que passado um ano ainda nem sei que lhes faça. Agora está assim, como se vê nesta imagem. Não lhe vou exigir nada. Que fique onde está, a olhar muito atento para as flores das courgettes, pode ser que guarde a meloas do caracóis e os tomateiros dos pulgões. Mas não o vejo levantar-se para mexer uma palha, está mesmo débil, o piripireiro. Coitado.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHGQ9zV5nwOBWofvrLFz_j9LUHBgtWv7pRJCp0rsDQlxSLNzqf4ye-ioV9ErRX9wM0E20LEDKosLiQpUx6nI8TxD-KOID_vWfunF-gA_uOrCe6MvQ9KvRwcxlvX6ZeHCW0X0iuvON3d_eu/s1600/piripireiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHGQ9zV5nwOBWofvrLFz_j9LUHBgtWv7pRJCp0rsDQlxSLNzqf4ye-ioV9ErRX9wM0E20LEDKosLiQpUx6nI8TxD-KOID_vWfunF-gA_uOrCe6MvQ9KvRwcxlvX6ZeHCW0X0iuvON3d_eu/s1600/piripireiro.jpg" width="478" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-25600865615291647232014-05-31T00:01:00.003+01:002014-06-01T01:11:52.806+01:00Eu ia jurar que isto é uma alcachofra, mas como não tenho a certeza é melhor estar caladinho porque posso errar e toda a gente vai saber que eu não percebo nada disto (distingo um tomate de uma alface e já não é mau). Habita o fundo dos terrenos da horta e eu nem tusso quando passo por ela para que não se enerve e comece por ali a disparar espinhos em todas as direcções (esta parte é mera ficção botânica; as plantas não se comportam assim a não ser em filmes muito maus).<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Ou então é um cardo.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_tDTlnxE7zzMKqFuhFjuapx5IfGPOJTEh1NBdXgW-XKvJtRTz4g9GKQ7dU0bDuZ9HfjvOEMAk7fLojZ8Id85zYWKZbm44xsZ_iJ0ypoEGudB2q3lmiNc8cv9ajYhSHYrbR08lkCkAK3A0/s1600/IMG_20140530_173623.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_tDTlnxE7zzMKqFuhFjuapx5IfGPOJTEh1NBdXgW-XKvJtRTz4g9GKQ7dU0bDuZ9HfjvOEMAk7fLojZ8Id85zYWKZbm44xsZ_iJ0ypoEGudB2q3lmiNc8cv9ajYhSHYrbR08lkCkAK3A0/s1600/IMG_20140530_173623.jpg" height="640" width="480" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-66931384449096627472014-05-30T12:25:00.000+01:002014-07-04T22:45:47.463+01:00As últimas favas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Chegou ao fim a colheita de favas deste ano. Serviram-me bem. Foram dois cantinhos que alegraram a vista da horta durante o inverno e explodiram em flores brancas e pretas na fugidas do sol. Como é seu destino, reinaram durante o mês de maio, mas junho já lhes é um mês estranho, longe dos seus hábitos. Para o ano há mais. De certeza.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ3ivsJJhBY93ifW4CUDdi6qErLJrUtSBOAwMDPbM7mNdPbxE2VJs4duQDUyXrZxfigFVHS1SRhKuZtYLBkJQFOkYa9hOIuDigN2BGgj5ru0ELlJ2kqMUG3piptGzPzW7zC772jFsgLteK/s1600/favas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ3ivsJJhBY93ifW4CUDdi6qErLJrUtSBOAwMDPbM7mNdPbxE2VJs4duQDUyXrZxfigFVHS1SRhKuZtYLBkJQFOkYa9hOIuDigN2BGgj5ru0ELlJ2kqMUG3piptGzPzW7zC772jFsgLteK/s1600/favas.jpg" height="522" title="favas" width="640" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808511095718706929.post-74708905496777556402014-05-28T12:57:00.003+01:002014-05-28T13:00:58.046+01:00Fruta Feia mais do que bonita<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<img src="http://degostar.net/wp-content/uploads/2013/09/Fruta_feia.jpg" height="320" width="400" /></div>
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É feia mas nós gostamos da fruta assim. O <a href="http://www.nytimes.com/2014/05/25/world/europe/tempting-europe-with-ugly-fruit.html?_r=0" target="_blank">NY Times</a> pegou nela e transformou-a numa coisa bonita. É a <a href="http://www.frutafeia.pt/" target="_blank">Fruta Feia</a> mais linda destas bandas. E não está à venda em supermercados.</div>
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Unknownnoreply@blogger.com0