Porque nunca falei do assunto, pelo menos que me lembre, parece a colheita uma qualquer desimportância. Assim não é. Um momento de orgulho nasce no preciso instante em que da terra tiramos, já maduro, o que nela plantamos. Uma comoção. Um tremor miudinho. Confesso, nunca tinha percebido a carga emocional de uma colheita. E, no meu caso, trata-te de uma pequena porção de terra, de uns pés de alface, de uns pés de couve, de uns quantos tomateiros e pouco mais. Não se trata de campos imensos, cuidados de madrugada ao anoitecer. É um nada. Uma coisa pequena. Mas a emoção está lá. E sente-se. Tenho colhido alguns frutos do trabalho. Começou por ser na forma de alface - primeiro a branca, logo depois a roxa -, e agora diversificou-se e assumiu outras formas. As colheitas de julho prometem. Nesta quarta-feira que passou, colhi duas orgulhosas pencas, duas beterrabas e quatro curgetes. Uma alegria.
Pencas, beterrabas e curgetes |
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