O estrume perfeito

3 ou 4 coisas são essenciais para começar a plantar ou a semear: terra, sementes ou plantas, ferramentas e água. Logo depois seguem os pequenos luxos, nomeadamente o estrume ou o adubo. Digo luxos porque não são elementos absolutamente indispensáveis para que se comece a colher da terra o fruto, mas para quem quer alguma rentabilidade convém que pense neles. Vamos ao  estrume. Ora bem, é um composto orgânico extremamente fértil, constituído por restos em decomposição e, digamo-lo assim, por fezes, merda, cocó. De animal, caramba! Tenham lá paciência, é merda animal, pronto. Mas não sejam muito púdicos em relação a isso. Não são poucos os que, tendo uma fossa em casa, fazem uso do seu próprio chichi e do seu próprio cocó para fertilizar a terra. Let´s face it: se usamos sem problemas cocó de gaivota ou de galinha, e mesmo de porco, para fertilizante, porque não usamos o nosso cocó ou o nosso chichi? Chichi ou xixi? Já nem sei. A resposta é simples e directa: porque não. Que porcaria. Mas se até a maltinha que pensa ir a Marte está maluquinha com a possibilidade de incorporar tecnologia para reciclar os próprios fluídos, porque haveremos nós, que estamos no planeta certo, onde há casas de banho e duches e chuveiros e banheiras e não sei mais o quê, estar cheios de problemas? Pronto, é uma questão ética, uma questão de moral, uma questão cultural, uma questão higiénica também. Mas, garanto-vos, há quem o faça. Ou puxa directamente o cocó e chichi (ou o xixi, raio da palavra...) para a terra através de um motor ou tem um depósito semelhante àqueles em que se transporta água em tempos de guerra para as populações sequiosas e despeja para a horta e para os campos. Portanto, é isto: estrume é merda. Há outras formas, porém, menos controversas de criar estrume. O primeiro é comprá-lo. Na verdade, aqui não se cria nada, faz-se uma transacção comercial, compra-se; existem muitas variedade, é só escolher, algum dos sacos são até já adubados. O último que comprei para a minha hora, um saco de 50 quilos, - na verdade foi o avô da Sara que o comprou - custou 3 euros e meio ou coisa que o valha. Como se vê não é uma fortuna. Se quiserem, e puderem, mantenham um galinheiro em casa, ganham nos ovos, na carne, e ainda usam o estrume que as aves produzem, apenas têm de ter o cuidado de ir alimentando a matéria orgânica, compondo o chão do galinheiro com erva seca ou mato. As galinhas tratam do resto. Trabalho? Ir tirando o estrume e colocando num monte para usar na terra quando chegar a altura. A forma mais chique e mais in de estrume chama-se compostagem, gera uma espécie de estrume pipi chamado composto. Reparem, nem sequer se chama estrume àquilo, é tão chique quanto isso. A casquinha da laranja e a folhinha de alface seguem para um recipiente grande, um bidão, por exemplo, com um furo em baixo, e deixa-se estar. Se encontrarem algumas minhocas lancem-nas para lá. Elas agradecem. Mas agora é melhor fechar este post antes que a minha mulher veja e isto dê merda.

1 comentário:

  1. Olá
    Neste particular faço compostagem em cas e, quando não chega, recorro ao Nutrimais da Fertor; pena mesmo ás vezes ser tão...«fedorento».
    Aromas do ofício...dirá o outro.

    Cumprs
    Augusto

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