Cebolinho

Comprámos cebolinho na famosa feira dos Carvalhos, em Gaia. Era uma coisinha pequenina e frágil quando foi para a no nosso cantinho das aromáticas, com um naco de terra agarrada à raiz, e tem estado por ali, no sossego do terreno. É uma daquelas plantas que passa despercebida, esteja de sol ou de nuvens, de chuva ou de canícula, o cebolinho mantém-se erguido com uma dignidade que há poucos. Só lhe sentimos a falta quando esmorece e murcha de forma irreversível. Sei do que falo. Há anos que tenho cebolinho num vaso e nunca se queixou de nada. Um dia, depois de  brutalmente atacado por pulgões, deixou de respirar e afundou-se na terra. A S. gosta muito de utilizar o cebolinho na comida. Eu reformulo: a S. gosta muito de programar utilizar o cebolinho na comida, mas não o usa tanto quanto o programa fazer. 
O cebolinho gosta de ficar ao sol, ou parcialmente à sombra. É semeado no início do inverno e transplantado para o exterior por alturas de maio. Pode ser plantado em filas ou em grupo - os meus estão em grupo -, e gosta de ser fertilizado com composto. Se cortarmos as flores, as folhas tornam-se mais tenras e agradáveis. Se retirarmos regularmente as folhas, novas nascerão. Pode ser colhida até à chegada do outono. Para que a planta sobreviva ao inverno, poderemos desenterrar as plantas e e plantá-las em vasos, de modo a que fiquem protegidas. As folhas são ricas em vitamina C, e por isso deve ser consumido fresco, com muita imaginação, em saladas, omeletes, pratos de carne ou de peixe. Quando seco ou congelado, perde a maior parte das vitaminas. Dizem também que melhora a digestão e reduz a pressão arterial. Enfim, uma pequena maravilha. Experimentem cortá-lo muito miudinho e juntá-lo a queijo creme. O resultado é delicioso.

cebolinho verde
Cebolinho. Por companhia, umas simpáticas invasoras.

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