Para todos aqueles que, ansiosamente, perguntavam "então e o feijão?", pois bem, o feijão já produz. E produz bem. Vai dando à luz com bastante fervor uma quantidade invejável de vagens. Riscadas. Sim, riscadas. Afinal, o feijão é vermelho riscado e por isso as vagens seguem-lhe o padrão. As folhas são iguais às de todos os feijões. Mas vagens e feijões são raiados de vermelho.
Descobri recentemente que existe uma diferença regional para nomear os vários graus de maturação do feijão. Assim, em Coimbra, de onde sou natural, fala-se em feijão verde, palaú e feijão. O feijão verde consiste na vagem propriamente dita, ainda o feijão se está a formar. O "palaú", ou "palau", trata-se de um grau mais avançado de maturação - o feijão já se formou mas ainda está mole (curiosamente, em todo o Google não encontro uma única referência a este nome, o que me leva a suspeitar que terá um uso muito restrito. Seja como for, garanto que assim se nomeava em minha casa o feijão). Fala-se em feijão quando ele já está, finalmente, seco. Para estas bandas de Vila Nova de Gaia, fala-se em vagem (equivalente ao feijão verde conimbricense), em feijão verde (o tal "palaú" de Coimbra) e em feijão (aqui estamos todos de acordo). Também pode ter acontecido que eu tenha interpretado mal o conceito de "palaú" e, afinal, a palavra aplica-se a outra coisa diferente. Nada garanto. Mas vou investigar melhor.
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