Às sementes de nabiças portuguesas e de couves galegas

não tive tempo de deitar a mão, e agora cobrem a terra como uma espécie de manto lusogalaico. Soa-me bem. Parece a antiga Galécia ter ressuscitado por curto período de tempo na minha horta. Ou coisa que o valha. São as desvantagens de não ter a horta à porta: os movimentos mínimos das plantas, como este, perdem-se e afundam-se as sementes terra adentro. Gostaria de as ter apanhado, principalmente às de nabiça, que nunca são demais. As de couve galega ainda verdejam e ainda as poderei colher, assim o entenda. Mas o que fazer com tantas sementes de couve galega? Aceitam-se sugestões. Pode ser que os pássaros ajudem e delas se enamorem.







6 comentários:

  1. saquinhos de papel ou pano como a minha avó fazia e guardava no baú da casa da eira para um dia...

    se pretender fazer mais distribui esses sacos incentivando hortas urbanas e mantendo uma tradição antiga de partilha de sementes que só reside na memória de alguns

    as sementes são de todos e e infelizmente hoje em dia paga-se por semente genéticamente transformadas que nada trazem de bom

    espalhe-as pelo mundo!!!!!

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    1. Também me lembro que era assim que a minha avó fazia. A minha mãe ainda o faz, embora não com tanto afinco. Se nestas sementinhas corresse o sangue da minha família, ou corresse o sangue de alguém querido, ou soubesse por fala que eram sementinhas daquelas que se estimam porque sempre pertenceram a algo mais que não um pacote cheio de instruções, assim o faria também. Não é o caso. Embora por elas nutra um certo afecto, certo e genuíno afecto, chegaram num industrial pacotinho cheio de instruções e advertências e tudo o mais. E por isso não lhes destinei, cheio de mil cuidados, um desses saquinhos de papel ou de pano. Mas deixo-as na terra. A ascendência serviu-me bem, e por isso lhes devo respeito. Fica, embora em curtos modos, cumprido o meu papel de as espalhar pelo mundo. Pelo meu pequeno mundo da horta. Gratíssimo pelo seu comentário, :)

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  2. Hum....
    Depois de passarem pelas suas mãos, de terem nascido e crescido na sua terra, pessoalmente, já não lhes dou alma de plástico.
    Algumas coisas vou tendo são de pacotinho industrial, outras retiro do que compro, outras já nasceram nos meus vasos e guardo o que fica da semente e penso sempre: mesmo que tenhas vindo do pacote a natureza arranja maneira de te dar alma e de salvar as melhores para que a tua espécie por cá fique!

    Neste planeta os burros somos nós,-peço desculpa pela dureza-confio á terra o que precisa de ser resguardado em ADN.

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  3. E na terra ficarão, e espero encontrar-lhes as plantinhas depois do verão. Há muitas sementes e muitas afeições diferentes, como esta: http://ahortaeacidade.blogspot.pt/2013/09/milho.html. Mas, juro, se vivesse mais perto da minha horta, a esta hora tinha um saco enorme de sementinhas orgulhosas. E estava bem mais rico, :)

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  4. Olá
    Vieram da terra....e á terra voltarão.
    Cumprs
    Augusto

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