Nozes, nozes, outono, outono

Uma nogueira. Junto ao muro. E nozes. Tão bom. Nota mental: mesmo que a nogueira não deixe cair as nozes, dar pontapé ou subtil abanão. E as nozes caem. E cuidado com a cabeça.
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Não sei se é de mim, mas as nozes deste ano perdem em sabor para as do ano passado. Mas por muito. Se isto fosse um jogo de futebol, terminaria com um 10 a 0. A nogueira é a mesma. O terreno é o mesmo. A data da apanha é mais coisa menos coisa. O que mudou? Bem, tudo mudou. O mundo mudou. A nogueira, na verdade, mudou. O terreno, na verdade, mudou. As nozes mudaram. E nem vale a pena falar de Filosofia, desenterrar o Parménides e o Heraclito e gente dessa. Tudo mudou. Neste caso, as nozes não mudaram para melhor. Talvez secando um pouco mais. Talvez um pouco mais de sol. Talvez um pouco mais de tempo. Talvez um pouco mais de paciência. E talvez depois um pouco mais de sabor. E talvez um pouco mais de prazer. Nozes. Outono. E era tudo o que queria escrever: nozes e outono. Acabou o texto.



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